Visitei hoje a exposição de Frans Krajcberg, na OCA.
Krajcberg é um polonês naturalizado no Brasil, formado em engenharia e artes, viajou várias vezes para Amazônia fotografando e documentando o desmatamento.
Hoje, aos oitenta e poucos anos, vive em um pequeno sítio no litoral sul da Bahia e mantém um ateliê.
Frans é escultor e fotógrafo.
As suas obras sempre me chamaram atenção pela textura, pelo formato e pela cor pesada.
Hoje, ao ver as fotos e inúmeras obras juntas pude entender um pouquinho desta luta pela defesa do meio ambiente e a sua briga para levantar a importância da consciência ambiental.
Depois de ver todas as fotos, esculturas e assistir a um vídeo da exposição mostrando o dia a dia do artista que vive no topo de uma árvore, me fez refletir sobre o meu cotidiano.
Krajcberg, em um depoimento disse que quando ele vem à São Paulo, Paris ou Nova York, ele não vê diferença. É tudo a mesma coisa. É tudo concreto.
As vezes eu me pergunto o que estou fazendo aqui. Por quê quero viver nesta correria? Por quê damos tanta importância em nos destacar profissionalmente, frequentar lugares "bacanas", ganhar mais e mais dinheiro...
As vezes tenho vontade de agir um pouco como Jack Kerouac no livro "Big Sur" onde ele se isolou do convívio humano, subiu até o alto de uma colina e passou meses sozinho confinado em uma cabana sem eletricidade.
Vejo um pouco de Kerouac em Krajcberg no sentido de explorar mais e sentir a verdadeira natureza que está ao nosso redor e muitas vezes nós não nos damos conta.
A exposição fica na OCA até 14 de Dezembro. Vale conferir.
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2 comentários:
nossa, 10 post dessa semana, aeeeee
Bem legal o post, Pri!
Parabéns!
Beijo
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